Durante uma noite de insônia eu pensei: “Não, não pode ser só eu que tenho essa sensação e esses pensamentos…” Então, resolvi desabafar para quem sabe me sentir menos sozinha no meio desse turbilhão de sentimentos. Afinal, eu só queria não viver agoniada para conhecer o mundo! E você?

Dia sim (e o outro também), me pego matutando e ansiosa como se a vida fosse acabar no próximo minuto e eu não teria conhecido todos os lugares e pessoas maravilhosas que a vida tem a oferecer. Já fiz intercâmbio de 3 meses em Londres, morei 40 dias na África do Sul, fiz mochilão pela Europa de 47 dias e outras viagens que na verdade, não sei se me ajudaram ou me atrapalharam a me acalmar. Porque cada vez que volto de uma, mato a saudade da minha casinha (dura uma semana mais ou menos), eu já estou enlouquecida para partir novamente.

“Bem que a vida poderia ser mais fácil…” Mas aí dizem que não teria graça (eu sinceramente, não sei). Esse conflito interno de não saber se é hora de partir, de ficar, se está no caminho certo, qual é o seu propósito nessa vida é sim, muito muito angustiante e esse foi um dos motivos que criei esse Blog de Viagem, para compartilhar com vocês minhas experiências, indecisões, conquistas e quem sabe inspirar as pessoas a se abrirem para o novo, quebrarem preconceitos, tabus, mudarem de opinião e óbvio, viajarem mais! 🙂

Dependemos do tal do dinheiro para realizar todos os nossos desejos, disso nós sabemos. Mas vamos supor que você ganhasse hoje na mega sena, começaria outro bombardeio de dúvidas como por exemplo: “Ah, vou gastar tudo hoje e realizar tudo o que tenho vontade, posso morrer amanhã mesmo, preciso aproveitar” ou então “Melhor eu guardar, economizar e investir porque eu posso viver até os 100 anos, melhor eu prevenir.” Qual seria a sua linha de raciocínio? Gastar tudo sem pensar no amanhã ou planejar o futuro? Eu sinceramente, não consigo decidir a minha e é exatamente essa uma das minhas lutas diárias.

Também tem aquelas pessoas que têm “sonhos normais”. É, sabe, elas se formam no que gostam, trabalham, tem uma rotina de boa, querem construir uma família, construir a própria casa, ter um carro legal e pronto. Eu acho que elas vivem mais felizes e tranquilas! Nunca tive nenhum desses sonhos (apesar de hoje me encontrar casada, mas abri uma exceção para o destino hehe), não faço questão de ter um carrão, uma casa enorme, ter jóias, bolsas, roupas caríssimas, cuidar de 3 filhos, ser avó… Não, não tenho. E não é por isso que sou uma pessoa má, juro!

Seria tão bom se existisse um livrinho para quando tivéssemos dúvidas consultássemos, como se fosse um oráculo né? Mas não tem. E agora? Socorro! O jeito é aprender a lidar com a ansiedade, tentar controlar o coração e saber ouvir as vozes do destino (mesmo as vezes a gente não querendo aceitá-las). Será que estou sozinha ou mais alguém se sente como eu? É tão difícil explicar esse sentimento, que só quem vive sabe o quanto ele faz mal. A sensação que eu tenho é que o ser humano é um eterno insatisfeito, nunca está contente com o que tem, e isso me preocupa mais ainda, por gerar mais mais e mais questionamentos. Mas veja bem, eu adoro a vida que tenho hoje, o lugar que moro, a pessoa com quem compartilho meus momentos, e a questão é justamente essa tortura diária de se sentir dividido e querer viver tudo ao mesmo tempo pra ONTEM.

Bom, no meio desse textão, em plena meia noite de quarta-feira, apareceu um grilo aqui na minha mesa. Até tentei tirar foto dele para comprovar, mas no momento ele está pulando loucamente pela sala, tudo bem, dizem que grilos e gafanhotos são sinais de sorte… É o que desejo a todos nós. Sorte. E que possamos acalmar nossos corações e pensamentos, para tomar as melhores decisões. 🙂

É amar a sua família, sua casa, sua rotina, mas mesmo assim sentir a necessidade do novo, do desconhecido, de novos ares e experiências. É ter medo de se arrepender, de tomar a decisão errada ou de apenas não tomar decisão nenhuma. É ter taquicardia, insônia e sentir falta de ar para respirar. É aquela vontade de fazer uma mala e pegar o primeiro vôo, mas também deitar na sua cama quentinha e apenas curtir os momentos simples. É querer ir, mas também ficar.

É viver!

Se identificou com esse sentimento? Compartilhe comigo nos comentários, quem sabe não nos ajudamos um pouquinho, vou adorar não me sentir sozinha nos meus devaneios! 😉

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Livia Zanon
Sou Campo-Grandense mas pertenço à este mundão. Apaixonada em compartilhar as experiências, dicas, perrengues e toda transformação que viajar trouxe à minha vida, criei o blog para inspirar as pessoas a saírem da zona de conforto e viverem coisas incríveis. Viajar é o que faz me sentir viva!

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24 comentarios en “Eu só queria não viver agoniada para conhecer o mundo!”

  1. nicole disse:

    você não está sozinha li!!! tenho esses mesmos pensamentos, e se… e se… mas nunca saberemos! como seria se eu tivesse feito isso e não isso… perguntas que vem na mente e só deixam a gente angustiada! mas se te conforta, tamo junto! hahahaha

  2. Geane disse:

    Hahaha eu sofro com isso, É querer ir, mas também querer ficar 🙂

  3. Livia Zanon disse:

    Já conversamos muito acho que depois desse seu comentário né Nik? kkkkkkk Não é fácil não, tamo junto!! Ajuda a saber pq da pra desabafar e não achar muito louca =P hahaha Beijosss

  4. Livia Zanon disse:

    Geane, é isso mesmo, querer ir mas também ficar!! =( E agora? kkkkk

  5. Fabricio disse:

    Eu já perdi o sono muitas vezes por conta da minha companheira chamada ansiedade. Seja na véspera de uma viagem ou pensando nos lugares que eu queria/quero conhecer. Cheguei ao ponto de começar a odiar a cidade que eu escolhi para viver pois só me sentia bem viajando. Bom, agora eu vou passar 6 meses viajando pela Europa e Ásia. Depois que decidi e coloquei esses planos em prática meu coração se acalmou.

    1. Livia Zanon disse:

      Fabricio, te entendo perfeitamente. Será que um dia vou me render e cair na estrada assim tbm? Mas aí tem outro lado, criar mil expectativas e não ser como imaginamos e nos arrepender né? Bom, de qualquer maneira só saberemos se arriscarmos né?? 🙂 Boa sorte pra você nessa nova caminhada!!!

  6. brunabarbosa277065278 disse:

    É o que tira o sono da maioria de nós! Acho que você saber o que não te interessa já é uma grande conquista, agora é resgatar seus sonhos e trabalhar por eles. No ano retrasado eu e meu marido tiramos nosso sonho de tirar um sabático do papel. Continuamos cheios de dúvidas agora que voltamos, mas a sensação de realização, de ter conhecido pelo menos um pouco desse mundão é arrebatadora. Talvez esse seja seu caminho também… Um beijo!

    1. Livia Zanon disse:

      Oi Bruna!! Que legal que tiraram um ano sabático, já tirei alguns meses mas ano ainda não rsrs E é bem isso, a gente volta e as dúvidas continuam e a inquietação também né? Como eu disse, acho que é do ser humano ser assim. Espero que um dia eu consiga acalmar meu coração hehe! Beijo e obrigada

  7. Andrea disse:

    Muito bacana seu texto e não, vc não está sozinha….penso assim também em muitas das vezes…mas uma coisa é certa: a vida é um “se”….então, bora viver o dia de hoje, ainda que com ansiedade…bjs.

    1. Livia Zanon disse:

      Verdade Andrea,focar um pouco no presente melhora… Pensar mto no futuro só deixa a gente doida! kkkkk Beijos 😉

  8. O que fazer com essa irresistível vontade de partir? Penso muito nisso, o tempo todo que não estou em viagem hahaha E penso também se vou conseguir conhecer todos os lugares que sonho – e aqueles que nem sei que existem ainda. Difícil lidar com toda essa ansiedade ne?

    1. Livia Zanon disse:

      Difícil demais Klécia =((( fico triste várias vezes por isso… A agonia não passa nunca!!!

  9. rui batista disse:

    Como bem te entendo 🙂 Acho que o melhor é um equilíbrio. No meu caso, de estar perto do que amo – família, amigos, casa, emprego que me estimula – e conseguir viajar muito regularmente, neste caso quase todos os meses 🙂 Assim, fica mais fácil…

    1. Livia Zanon disse:

      O equilíbrio é muito importante mesmo Rui, o difícil as vezes é a gente decidir o que quer e pra onde seguir, porque não podemos ter tudo né? De alguma coisa teremos que abrir mão =/ Ai que gera a dúvida e insegurança…

  10. tripsdoleo disse:

    Ah… me identifiquei demais com seu texto! E olha… tenho um agravante: acabei de completar 45 anos e aí bate aquela sensação que tem caminhos que não posso mais seguir. Enfim, não tenho mais a vida inteira pela frente! kkk Já fiz viagens maravilhosas, mas nunca morei fora e um dos meus objetivos é fazer uma viagem solo. Quem sabe um grilo aparece por aqui pra me dar um sinal!!! Parabéns pelo texto!!! Bjs

    1. Livia Zanon disse:

      Te entendo perfeitamente! Eu que to com 28 anos, teno vários problemas na coluna e vivo com dores que me limitam demais… Então também não posso viajar e me submeter a tudo como faria há 10 anos atrás! =/ Mas a gente vai achando outras formas né? Importante é não parar… Sobre o grilo, ainda to esperando uma resposta hahahaha! beijos, Obrigada!

  11. Suzy Freitas disse:

    Esse sentimento de angústia apavora qualquer um que esteja em dúvida! Quem escolhe uma “vida normal, casa, carro, filho”, também vive pressionando para conseguir juntar dinheiro para adquirir e manter o status. Acho que, como você bem disse, o ser humano é um insatisfeito. Eu também vivo angustiada com minhas indecisões e escolhas. O único jeito é relaxar e aproveitar os bons momentos sem se atormentar tanto com o futuro! Suas reflexões são muito boas e tenho certeza que achará o equilíbrio entre partir e ficar, anda mais porque é muito jovem! Boa sorte, querida!

    1. Livia Zanon disse:

      Suzy, você não tem ideia do quanto eu estava precisando ler seu comentário! Muito obrigada, consegui respirar fundo e relaxar o coração… Senti um pontinha de esperança e muita verdade em seu texto. Boa sorte tambem viu? Beijos

  12. Eu também fico nessa. Me identifiquei totalmente contigo. Eu volto de uma viagem já querendo a outra. Será que é maluquice?

    1. Livia Zanon disse:

      As vezes me sinto bem doida, principalmente quando converso com algum amigo e ele não me entende!! kkkkkkk Socorro!

  13. Ana disse:

    aaah eu sou assim também!! Tenho que aprender a controlar a ansiedade de já marcar outra viagem hhahahaha

    1. Livia Zanon disse:

      Difícil controlar hahaha!

  14. Ricardo disse:

    Um breve comentário: não acha que esse sentimento tem tudo que ver com o desespero pós-moderno e a constante insatisfação do homem com a vida? Conhece as obras do sociólogo Zygmunt Bauman, não? Estou sempre dividido entre literatura (minha grande paixão!) e viagens; e confesso-lhe que às vezes penso: ainda que portentosa em experiências, vale verdadeiramente a pena uma vida tão estressante e cansativa? Abraço!

    1. Livia Zanon disse:

      Oi Ricardo =) Sim, acho que pode ser. E esse fato é um dos que geram mais dúvidas e questionamentos, até onde é insatisfação e até onde é propósito de vida? Não conheço as obras do sociólogo, vou pesquisar, obrigada pela indicação!! 😉 Mas a vida estressante e cansativa que vc se referiu é com relação a que? Fiquei na dúvida. rs! Abraços

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